domingo, 25 de setembro de 2011

Brasil: mercado automobilístico estará aquecido nos próximos anos



Considerada vetor de inovações tecnológicas para outras áreas da economia brasileira, a indústria automobilística é um dos setores em que a competição é mais acirrada e as mudanças na estrutura das empresas ocorrem com maior frequência. Levando em conta a importância do segmento para o País, Paulo Vecchia (foto), gerente de vendas da Hydro Aluminum, ministrou a palestra ‘Tendências do Mercado Automotivo’ durante 9º Encontro da Cadeia de Ferramentas, Moldes e Matrizes – Moldes ABM 2011, quando explicou porque as organizações têm apostado no Brasil.

Em relação às previsões de produção de veículos nos principais países emergentes para 2020, os números mostram o Brasil como o terceiro colocado no ranking, com 4,6 milhões de unidades, perdendo somente para a China e Índia, que fabricarão 29 milhões e 8,3 milhões, respectivamente. “Após a crise financeira mundial, a economia daqui tem gerado confiança nos compradores, que contribuem para o deslocamento do Emerging Markets Bond Índex (EMBI) – Índice de Títulos da Dívida de Mercado – do Brasil e dos emergentes. Somos o mais seguro desses países”, diz Vecchia.

Ele comenta que em nenhuma nação do mundo onde a indústria automobilística tem um peso importante no Produto Interno Bruto (PIB), o carro custa tão caro para o consumidor. “O grande vilão dos preços é o Lucro Brasil e não os impostos”, ressalta. Segundo uma pesquisa feita pelo banco de investimento Morgan Stanley, da Inglaterra, algumas montadoras instaladas no Brasil são responsáveis por boa parte do lucro mundial das suas matrizes e grande porção desse ganho vem da venda dos veículos fora de estrada.

Em 2010, o País bateu seu recorde de produção e venda de veículos, iniciando 2011 em quarto lugar no ranking mundial, ficando atrás apenas da China, dos Estados Unidos e do Japão. Até 2021, o setor automobilístico deverá investir, pelo menos, R$ 8,1 bilhões na construção de nove fábricas no Brasil e lançar, nos próximos anos, 48 modelos de automóveis, desses, 26 serão importados. “As empresas terão que diminuir o lucro para competir no mercado mais acirrado. Cabe a nós motivar e dar condições de nacionalizar no futuro. Se esperarmos o câmbio baixar para fazer mudanças tecnológicas, o País vai sofrer”, revela Vecchia.

A previsão para 2015 é que haja um aumento de 21% da produção de carros de passeio, comerciais leves, caminhões e ônibus. “Os países emergentes estão acelerando o seu crescimento, o que é bom para a economia global, mas, por outro lado, aquecem mercados de commodities e pressão cambial (valorização). Como os investimentos não acompanham a demanda, surge a inflação”, alerta.

Ele aproveitou para mostrar dados sobre investimentos em alguns setores nos próximos anos. O de petróleo e derivados, por exemplo, vai ter uma injeção de recursos de R$ 428 milhões até 2030 e mineração e siderurgia de R$ 276 milhões até 2016. Entre riscos e desafios que o Brasil tem, está aumentar a competitividade frente à Ásia, ao México e Leste Europeu, investir em infraestrutura, tecnologia e na formação de engenheiros.

Oportunidade

Um ramo que estará em alta nos próximos anos é o de motocicletas. Apesar de ter sofrido uma queda nas vendas de 2008 a 2009 (cerca de 28%) por conta da restrição de crédito, queda nas exportações e alto estoque, desde então o mercado tem se mostrado em ascensão, e aponta boas previsões para os próximos anos. As vendas devem continuar crescendo, até 2016, quando alcançará o número de 3.229 unidades comercializadas, o que representa um aumento de 76% em relação a 2010.



Fonte:
Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração
Newsletter de 15/08/2011
http://www.abmbrasil.com.br/news/noticia_integra.asp?cd=4279



... postado por Wagner Aneas (Membro da Comissão Organizadora) @wagneraneas

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